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"Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!"

Ode Triunfal
Álvaro de Campos, Junho de 1914

As últimas

Sítios que nos referem

Diário da Comunidade "Cidadania na Sociedade da Aprendizagem". Neste espaco acompanhar-se-ão temas da actualidade, incluindo referências (particularmente ciber-referências) que contribuam para um melhor exercício da cibercidadania. { mail@mario-franco.net }

domingo, agosto 31, 2003



A Coordenação da Sociedade de Informação na União Europeia


O conhecimento das instituições é um elemento fundamental para uma cidadania plena. No quadro da cidadania europeia e da participação na sociedade da aprendizagem no plano europeu é de primordial importância conhecer os elementos chave que na União Europeia têm responsabilidades neste campo.

A União Europeia dispõe de um Comissário responsável pela Empresa e Sociedade da Informação, no caso trata-se do senhor Erkki Liikanen, Finlandês, designado para a função desde 16 de Setembro de 1999.



A opção de atribuir a coordenação da "Empresa" e "Sociedade da Informação" a uma mesma pessoa parece-me compreensível e até positiva mas, a meu vê, não desejável. A Sociedade da Informação vai muito para além do quadro empresarial e não deve, do ponto vista institucional europeu estar sujeita a uma lógica restricta como é a empresarial. Creio, aliás, que muito beneficiariam as empresas se se apostasse fortemente na extensão do uso das tecnologias e na utilização das mesmas por parte dos serviços tal como é matriz da política portuguesa deixando às empresas, através da sua capacidade e energia o espaço aberto para uma concorrência no fornecimento dessas necessidades e se investisse em programas de formação e acesso às tecnologias de informação e comunicação que aumentassem significativamente o número de utilizadores e a qualidade do acesso.


A Direcção-Geral da Sociedade da Informação é o organismo responsável por dar corpo à política definida no âmbito da União neste âmbito, nomeadamente:

"
* Estimular a pesquisa e investigação sobre tecnologias da Sociedade da Informação que podem ser integradas em ambientes quotidianos do cidadão, dos negocios e da administração;

* estabelecer e manter um quadro de trabalho para a regulação desenhado para gerar competitividade e estimular o desenvolvimento de aplicações e conteúdos;

* apoiar iniciativas que encoragem e facilitem a todos os europeus os benefícios de e por participar na sociedade da informação."

A DGSI, possui para além de uma Directoria de Recursos, as seguintes Directorias:

* Directoria de Estratégia da Sociedade de informação e eEurope.

* Directoria de Serviços de Comunicação: Política e Regulamentação.

* Directoria de Componentes e Subsistemas. Aplicações.

* Directoria Redes de Comunicação, Segurança e Software. Aplicações.

* Directoria de Interfaces, Conhecimento e conteúdo. Aplicações. Mercado da Informação.

* Directoria de Tecnologias Emergentes e Infraestruturas. Aplicações.


A Direcção-Geral da Sociedade da Informação mantém um sítio web com o objectivo de facilitar o acesso às suas actividades e programas. Nele se encontram três secções de extrema importância para acompanhar a actividade, específicamente:


IS Temas - com entrada nos recursos em função da temática dos mesmos.


eEurope - sendo possível encontrar toda a informação sobre objectivos e actividades da iniciativa eEurope, com particular destaque para a informação sobre candidaturas aos programas.


Notícias - que para além de noticias informa sobre eventos relacionados com os temas da sociedade de informação.

Nestes espaços é possivel subscrever serviços de informação que poderã ser recebidos no endereço de correio electrónico.

domingo, agosto 24, 2003

Cidadania Inter@ctiva



No quadro de qualquer programa de administração pública electrónica, para além da disponibilização de informação e colocação em linha de serviços e procedimentos administrativos, é importante utilizar as tecnologias de informação e comunicação para aumentar a participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão.

Neste sentido, a União Europeia tem um programa de "Elaboração Interactiva de Políticas (IPM)" permitindo aos cidadãos conhecer e participar activamente na elaboração de políticas.

A iniciativa enquadra-se no âmbito da iniciativa "e-Comissão" e está associada às iniciativas "Governança" e "Melhor Regulamentar".

A iniciativa "e-Comissão" é parte integrante do Livro Branco sobre a reforma que, estabelece no seu ponto VI, Capitulo II, do Plano de acção - "Rumo À CIBER-COMISSÃO", o seguinte:

"acção 8 (b) Rumo a um sistema de consulta interactiva pela a Internet no quadro das iniciativas políticas

Na linha dos objectivos da iniciativa eEurope, caberá à Comissão intensificar a utilização da internet para estabelecer consultas e conhecer opiniões quando das suas iniciativas políticas mais importantes. O objectivo seria ir além da simples publicitação de documentos pela internet, estabelecendo mecanismos de resposta adequados. Será necessário disponibilizar recursos para o efeito."

Esta iniciativa da Comissão é composta por dois instrumentos, a saber:

a) O mecanismo de resposta à informação. Neste primeiro instrumento, pretende-se recolher os comentários e opiniões relativas à aplicação das políticas.


b) O mecanismo de consulta em linha. Este " permite a elaboração de questionários estruturados, em linha, na internet aos quais é possível responder emitindo opinião e reagindo a uma questão particular relacionada com uma medida política. Graças a este mecanismo podem ser colocadas questões de escolha múltipla e dar a possibilidade de responder em texto livre a certas questões mais precisas.

Distintamente da consulta escrita tradicionalmente do tipo "diga-nos o que pensa" que pode resultar em milhares de páginas de respostas não estruturadas num número imenso de idiomas, este tipo de consulta no qual é mais simples participar, é particularmente útil para nós [1] na medida em que reduz consideravelmente o tempo necessário à recolha e análise dos resultados pelo facto de se poder tratar as questões estruturadas num número ilimitado de línguas e fornecer os resultados no idioma desejado. O mecanismo de consulta em linha permite proceder imediatamente à análise estatística dos resultados e, consequentemente, reagir muito mais rapidamente e eficazmente que antes às opiniões e pontos de vista emitidos." 1.




Para assegurar a execução deste programa foi criado um sítio web "A Tua Voz" que dispõe das seguintes funcionalidades, nomeadamente:

a) Consultas em linha: Permitindo-se agregar opiniões e comentários sobre políticas em elaboração;

b) Inquéritos:

Com questões definidas facilitando-se a realização de sondagens;

c) Debates:

Sendo possível debater com responsáveis e lideres questões da actualidade da UE;

c) "A sua experiência":

Espaço vocacionado essencialmente para expor casos concretos, embora podendo ser apresentados anonimamente, permitindo monitorizar o funcionamento das políticas da UE na prática.

Neste âmbito é ainda possível aderir a uma lista de distribuição e receber informações sobre consultas e debates.

Em praticamente todas as áreas de intervenção da União Europeia podemos encontrar consultas e debates abertos há participação.

Trata-se, assim, de um instrumento importante para possibilitar aos cidadãos um melhor conhecimento das questões em análise na União Europeia e uma eventual participação nesses mesmos debates.

Convém, contudo e desde já, referir que esta e outras formas de cibercidadania devem merecer da parte dos cidadãos e das instituições uma profunda e continua reflexão.

Em primeiro lugar, é necessário dar a conhecer de forma extensa a existência destas possibilidades, impedindo a criação de fronteiras ainda mais acentuadas entre os que têm e os que não têm acesso.

Em segundo lugar, é importante investir com determinação nas competências técnicas, culturais e sociais que permitam lidar com estes instrumentos de forma consciente e reflexiva.

Em terceiro lugar, são fundamentais lideranças que contribuam para o reforço do capital social e para o desenvolvimento de estruturas capazes de tirar partido destas possibilidades técnicas; acima de tudo, é necessário realizar uma "reengenharia" dos modelos de participação e da forma como se integra a cidadania nos processos de tomada de decisão.

Este tipo de mecanismos poderá ser da maior importância mas será necessário um enorme esforço por parte de todos para que se transformem em instrumentos de democratização e de coesão.

Se não for realizado um trabalho de natureza formativa e cívica poderemos assistir ao reforço da capacidade de intervenção dos grupos com melhor acesso e melhor preparação para o utilizar e a um maior distanciamento da cidadania dos grupos com maiores dificuldades de utilização destes meios.

Este esforço deve assentar quer nas garantias de acesso dos grupos mais frágeis quer no assegurar do desenvolvimento sócio-económico e cultural desses grupos sem o qual será impossível a sua participação cívica e o aproveitamento dos mecanismos agora emergentes.

[1] Refere-se aos responsáveis da UE

1. Sítio da "Elaboração Interactiva de Políticas", Secção "Perguntas Mais Frequentes", tradução pessoal a partir do francês.

sexta-feira, agosto 15, 2003



Portal da Juventude: A Importância de um Domínio


Foi lançado no passado dia 11 de Agosto, vésperas do Dia Internacional da Juventude o demo do Portal da Juventude. Este projecto é da maior importância no quadro do acesso a informação, serviços e outras iniciativas de interesse para os jovens.

O domínio http://www.juventude.gov.pt destaca-se desde já pela sua clareza e objectividade. A existência de um domínio facilmente memorizável é já em si um instrumento de apropriação dos benefícios da sociedade da informação e do conhecimento, pelo que esta iniciativa poderá significar um avanço informacional na área da juventude.

Permite-se, assim, que, de modo mais simples se encontre informação sobre assuntos de interesse e relacionados com o tema do domínio, incluindo por quem desconheça a existência do sítio.

A criação de um domínio temático permite também congregar informação dispersa que muitas vezes está localizada em domínios de difícil acesso para o conhecimento de muitos interessados, ou a reconceptualização amigável de informação e o respectivo tratamento gráfico, de modo a permitir, o acesso dos que estão familiarizados com a temática do domínio e menos com os temas dos domínios onde por vezes determinados conteúdos se encontram.

Um domínio é acima de tudo uma estratégia de organização da informação e a definição de um âmbito de intervenção. Deste modo, a criação do domínio "juventude.gov" vem disponibilizar uma informação sobre juventude com validação governamental o que incorpora diversas mais valias, a saber:

a) Modelo de Validação de Informação;

b) Garantia de confidencialidade e responsabilidade na gestão da informação e nos eventos de relação com os utilizadores;

A existência de um domínio com estas características permite também organizar campanhas de divulgação e aproximar a informação de pessoas com menores facilidades de acesso a canais de comunicação e que têm também dificuldades de movimentação em mecanismos dispersos.

A pesquisa na Web continua a ser difícil, quer pela quantidade de fontes disponíveis, quer pela falta de coerência nos domínios, por essa razão a criação do domínio "juventude.gov" surge como um instrumento de acesso valioso.

domingo, agosto 10, 2003




SOMOS@TELECENTROS

Um dos projectos de maior consistência na apropriação das tecnologias de informação e comunicação por parte de pessoas com dificuldades de acesso às TIC da Iberoamérica é a rede Somos@Telecentros.

A rede tem como objectivo "apoiar o processo de democratização do acesso ao conhecimento e informação para que quem sempre esteve marginalizado deles possa fortalecer o seu próprio desenvolvimento."

Uma das potencialidades, se bem usada, das tecnologias de informação e comunicação, é a de permitir o acesso a informação, serviços e relações, a pessoas que se encontram em áreas isoladas desde que para isso se disponibilize a tecnologia apropriada e a formação necessária.

Atendendo à realidade socio-económica de muitos países do espaço iberoamericano o acesso a equipamento informático e à internet são muito dificeis, sendo a partilha dos mesmos a única alternativa.

Várias são as iniciativas que têm em vista disponibilizar o acesso às TIC. Neste quadro aparecem os Cybercafés como produto de mercado, os Espaços de Acesso Público resultante da sensibilidade das autoridades e os Telecentros que nascem por iniciativa dos cidadãos.

Os Telecentros têm vindo a proliferar, embora tenham diferentes formatos, constituem uma realidade com dinâmicas próprias que, em zonas de baixos recursos, permitem criar condições de acesso.

Contudo os Telecentros debatem-se com enormes dificuldades, nomeadamente: conectividade, muitas vezes estes encontram-se, em zonas onde a única alternativa de conexão é o satélite o que é manifestamente incomportável financeiramente sem a ajuda de entidades que se dedicam à cooperação para o desenvolvimento; equipamento, o preço dos computadores, impressoras e outros instrumentos bem como das próprias licenças de programas e aplicações está muito acima das capacidades deste tipo de estruturas; e muitos outras questões resultantes da gestão de uma estrutura inserida em meios socio-económicos de débil rendimento e da falta de estruturas de apoio.

Como resposta a este tipo de problemas surge a Rede Somos@Telecentros que disponibiliza diversos instrumentos de apoio ao desenvolvimento das actividades dos Telecentros. Esta dispõe de um Sítio WEB e de uma Comunidade Virtual de Aprendizagem onde se pode encontrar uma enorme quantidade de recursos sobre o manuseamento e apropriação de tecnologias de informação, em particular no âmbito da gestão de um Telecentro.

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